Available languages:
António Guterres (Secretário-Geral) declaração sobre o lançamento do policy brief sobre o impacto da COVID-19 em África
20 May 2020 - À medida que a COVID-19 se espalha pelo continente, África respondeu rapidamente à pandemia e, até agora, os casos relatados são mais baixos do que se temia. Mesmo assim, há muito a pesar na balança.
Nos últimos anos, os africanos fizeram muito para melhorar o bem-estar das pessoas do continente. O crescimento económico tem sido forte. A revolução digital afirmou-se. Foi acordada uma zona de livre comércio.
Mas a pandemia ameaça o progresso africano. Irá agravar desigualdades que há muito existem e agravar a fome, a malnutrição e a vulnerabilidade a doenças. A procura por mercadorias, turismo e remessas de África já está a diminuir. A abertura da zona de comércio foi adiada - e milhões poderão ser empurrados para a pobreza extrema.
O vírus já ceifou mais de 2.500 vidas africanas. A vigilância e a preparação são fundamentais.
Recomendo o que os países africanos já fizeram juntamente com a União Africana.
A maioria avançou rapidamente para o reforço da coordenação regional, o destacamento de profissionais de saúde e a implementação de quarentenas, confinamentos e encerramentos de fronteiras.
Estão também a aproveitar a experiência do HIV/AIDS e do ébola para desmascarar rumores e ultrapassar a desconfiança em relação ao governo, às forças de segurança e aos profissionais de saúde.
Manifesto a minha total solidariedade com o povo e os governos da África no combate à COVID-19.
As agências das Nações Unidas, as equipas nacionais, as operações de manutenção da paz e os trabalhadores humanitários estão a dar apoio.
Os voos de solidariedade das Nações Unidas entregaram milhões de kits de teste, ventiladores e outros produtos, chegando a quase todo o continente.
O documento que publicamos hoje destaca um espetro de desafios urgentes.
Apelamos a uma ação internacional para fortalecer os sistemas de saúde em África, manter o abastecimento de alimentos, evitar uma crise financeira, apoiar a educação, proteger empregos, manter as famílias e as empresas em atividade e proteger o continente das perdas de receitas e de ganhos de exportação.
Os países africanos também devem ter acesso rápido, igualitário e acessível a qualquer vacina e tratamento que possam surgir, e que devem ser considerados bens públicos globais.
Tenho apelado a um pacote de resposta global que represente pelo menos 10% do Produto Interno Bruto do mundo. Para África, isso significa mais de US$ 200 mil milhões como apoio adicional da comunidade internacional.
Também continuo a defender um plano abrangente para as dívidas - começando com uma paralisação geral da dívida para países incapazes de pagar as suas dívidas, seguida por um alívio direcionado da dívida e uma abordagem abrangente para questões estruturais na arquitetura da dívida internacional para evitar incumprimentos.
Também será essencial que os países africanos mantenham os seus esforços para silenciar as armas e combater o extremismo violento - e congratulo-me com o apoio africano ao meu pedido de um cessar-fogo global. Os processos políticos e as eleições dos próximos meses podem ser marcos para a estabilidade e a paz.
As mulheres serão essenciais para todos os aspetos da resposta. Os pacotes de estímulo devem dar prioridade para que o dinheiro chegue às mãos das mulheres e se aumente a proteção social.
Devemos empoderar os jovens africanos. Os direitos humanos de todos devem ser respeitados.
Muitas decisões difíceis terão de ser tomadas à medida que a pandemia se desenrola, e será essencial manter a confiança e a participação dos cidadãos ao longo do processo.
Estes ainda são os primeiros dias da pandemia na África e as perturbações podem aumentar rapidamente. A solidariedade global com África é um imperativo - agora e para recuperar melhor.
Acabar com a pandemia na África é essencial para que esta acabe em todo o mundo.
Muito obrigado.
Nos últimos anos, os africanos fizeram muito para melhorar o bem-estar das pessoas do continente. O crescimento económico tem sido forte. A revolução digital afirmou-se. Foi acordada uma zona de livre comércio.
Mas a pandemia ameaça o progresso africano. Irá agravar desigualdades que há muito existem e agravar a fome, a malnutrição e a vulnerabilidade a doenças. A procura por mercadorias, turismo e remessas de África já está a diminuir. A abertura da zona de comércio foi adiada - e milhões poderão ser empurrados para a pobreza extrema.
O vírus já ceifou mais de 2.500 vidas africanas. A vigilância e a preparação são fundamentais.
Recomendo o que os países africanos já fizeram juntamente com a União Africana.
A maioria avançou rapidamente para o reforço da coordenação regional, o destacamento de profissionais de saúde e a implementação de quarentenas, confinamentos e encerramentos de fronteiras.
Estão também a aproveitar a experiência do HIV/AIDS e do ébola para desmascarar rumores e ultrapassar a desconfiança em relação ao governo, às forças de segurança e aos profissionais de saúde.
Manifesto a minha total solidariedade com o povo e os governos da África no combate à COVID-19.
As agências das Nações Unidas, as equipas nacionais, as operações de manutenção da paz e os trabalhadores humanitários estão a dar apoio.
Os voos de solidariedade das Nações Unidas entregaram milhões de kits de teste, ventiladores e outros produtos, chegando a quase todo o continente.
O documento que publicamos hoje destaca um espetro de desafios urgentes.
Apelamos a uma ação internacional para fortalecer os sistemas de saúde em África, manter o abastecimento de alimentos, evitar uma crise financeira, apoiar a educação, proteger empregos, manter as famílias e as empresas em atividade e proteger o continente das perdas de receitas e de ganhos de exportação.
Os países africanos também devem ter acesso rápido, igualitário e acessível a qualquer vacina e tratamento que possam surgir, e que devem ser considerados bens públicos globais.
Tenho apelado a um pacote de resposta global que represente pelo menos 10% do Produto Interno Bruto do mundo. Para África, isso significa mais de US$ 200 mil milhões como apoio adicional da comunidade internacional.
Também continuo a defender um plano abrangente para as dívidas - começando com uma paralisação geral da dívida para países incapazes de pagar as suas dívidas, seguida por um alívio direcionado da dívida e uma abordagem abrangente para questões estruturais na arquitetura da dívida internacional para evitar incumprimentos.
Também será essencial que os países africanos mantenham os seus esforços para silenciar as armas e combater o extremismo violento - e congratulo-me com o apoio africano ao meu pedido de um cessar-fogo global. Os processos políticos e as eleições dos próximos meses podem ser marcos para a estabilidade e a paz.
As mulheres serão essenciais para todos os aspetos da resposta. Os pacotes de estímulo devem dar prioridade para que o dinheiro chegue às mãos das mulheres e se aumente a proteção social.
Devemos empoderar os jovens africanos. Os direitos humanos de todos devem ser respeitados.
Muitas decisões difíceis terão de ser tomadas à medida que a pandemia se desenrola, e será essencial manter a confiança e a participação dos cidadãos ao longo do processo.
Estes ainda são os primeiros dias da pandemia na África e as perturbações podem aumentar rapidamente. A solidariedade global com África é um imperativo - agora e para recuperar melhor.
Acabar com a pandemia na África é essencial para que esta acabe em todo o mundo.
Muito obrigado.

Original
27 Jan 2021

Original
26 Jan 2021

Original
26 Jan 2021

Original
25 Jan 2021

Original
25 Jan 2021

Original
22 Jan 2021

Original
22 Jan 2021

Original
22 Jan 2021

Original
22 Jan 2021